sábado, 8 de novembro de 2014

Criança morta após choque em carregador é mais um boato no WhatsApp


Mais um boato ganhou força no WhatsApp. Em menos de uma semana, recebi a mesma mensagem de cinco pessoas diferentes. A repercussão foi tamanha que dois parentes vieram me procurar pessoalmente para que tomasse cuidado. Confesso ter estranhado, mas fiquei apreensiva. Imagine aquelas mães que pouco ou quase nada conhecem de tecnologia?
O texto dizia que uma menina de dois anos teria morrido após tomar um choque elétrico em um carregador de celular ligado na tomada e sem conexão ao celular. A criança teria colocado na boca a parte que conecta o carregador ao celular. O caso, segundo a mensagem, teria acontecido na cidade de Cícero Dantas, na Bahia. O que tornou o conteúdo ainda mais chocante foi a foto anexada.
O primeiro ponto questionável está relacionado à potência dos carregadores de celulares. Como um aparelho que funciona como um transformador de energia, fazendo com que a corrente seja diminuída ao passar da tomada para o aparelho --os 127 volts da tomada se tornam 5 volts para o celular--, poderia dar choque um choque tão forte capaz de levar uma criança ao óbito?
Tudo bem que há casos isolados de acidentes graves. Entre eles, a morte de uma jovem chinesa eletrocutada ao atender uma ligação no iPhone ligado à tomada, em junho de 2013.  Mas, segundo Antônio Carlos Gianoto, professor de Engenharia Elétrica e Telecomunicações do Centro Universitário da FEI, os carregadores estão blindados a esses tipos de riscos. "Além da corrente elétrica [que causa o choque elétrico] ser muito pequena, esses aparelhos são compactos e bem protegidos, com o isolamento do conector e as partes metálicas bem resguardadas. Ou seja, os riscos de choque são muito baixo, diria até que não existem."
Para que houvesse o dano, o especialista afirma ser necessário que a criança ou qualquer outra pessoa fosse capaz de morder o carregador a ponto de desencapar a fiação e, consequentemente, encontrar um fio no outro. Outro risco é o uso de um objeto metálico --uma tesoura ou um alicate-- para cortar o fio. "Isso pode gerar uma descarga elétrica, que pode até causar uma arritmia ou uma parada cardíaca", cita Gianato, que recomenda que os carregadores, apesar do baixo risco, fiquem fora do alcance de crianças. Além disso, cuidados simples ao carregar o celular ajudam a prevenir choques e até incêndio
Mas, para tirar a dúvida se o suposto caso da Bahia teria sido mais uma dessas raridades, o UOL Tecnologia entrou em contato com as principais autoridades de Cícero Dantas --Polícia Militar, Polícia Civil e Instituto Médico Legal--, que informaram que nenhuma criança de dois anos teria morrido na cidade por causa de um choque elétrico em um carregador de celular.
E, se não bastasse, a foto usada para espalhar o boato se trata de uma menina de quatro anos que teria sido degolada pela mãe em Lábrea (AM). O caso foi noticiado pelo portal amazonense "A Crítica", em 21 de outubro. 
Dicas de segurança para o uso do celular
  • 1.
    Use sempre baterias e carregadores originais da fabricante do celular
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  • 2.
    Revise a cada cinco anos a instalação elétrica da sua casa ou escritório
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  • 3.
    Evite deixar o celular carregando dentro de gavetas ou perto de inflamáveis
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  • 4.
    Não toque no celular carregando com as mãos molhadas
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  • 5.
    Na hora de plugar o carregador na tomada, não toque nas partes metálica
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  • 6.
    Evite atender ou fazer ligações enquanto carrega o celular
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  • 7.
    Não use benjamins, extensões, adaptadores de tomada e outras "gambiarras"
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  • 8.
    Não carregue o celular em ambientes com vapor ou risco de molhar (banheiro)
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  • 9.
    Não puxe o carregador pelo cabo para tirá-lo da tomada
  •  
  • 10.
    Não coloque objetos pesados em cima do cabo do carregador

Como desvendar boatos na rede

Os boatos que correm nas redes sociais possuem características próprias que, segundo Edgard Matsuki, editor do Boatos.org, ajudam a identificá-los em meio aos diversos conteúdos compartilhados no mundo virtual. "Nesse ambiente, a fonte da informação é o amigo, o parente ou qualquer outro conhecido que não se preocupa em checar o conteúdo antes de repassá-lo", afirmou ele, que recomenda cuidado redobrado com o que se lê tanto no Facebook como no WhatsApp.
O reconhecimento de uma mentira, como orienta Edgard, começa pela análise da estrutura textual da mensagem. "Geralmente são textos muito longos, que não identificam fontes, e com muitos erros de português", disse Matsuki. De acordo com ele, os boatos também possuem caráter alarmistas, com parte do texto em caixa alta e o uso abusivo de pontos de interrogação. "Como no caso de Cícero Dantas, o texto começava 'alerta aos pais'. Há casos que usam o 'Cuidado'. Sem contar nas imagens chocantes usadas para realmente despertar a atenção dos leitores."
Outra característica desses conteúdos falsos é o pedido de compartilhamento no final do texto. "É por isso que eles, muitas vezes, acabam se tornando viral", acrescenta o editor do Boatos.org, que recomenda o uso da própria internet para checar as informações antes de repassá-las e até mesmo se alarmar. "Cole parte do texto em um site de buscas. O mesmo deve ser feito com a imagem. Com essa simples busca, identifique se a história foi confirmada por uma fonte confiável. Se não tem uma fonte, há grandes chances de ser mentira."

quinta-feira, 29 de maio de 2014

MARCO CIVIL DA INTERNET E A COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Após 3 anos tramitando na Câmara dos Deputados, e com passagem relâmpago pelo Senado, foi aprovado, no último dia 22 de abril de 2014, o Marco Civil da Internet. Uma espécie de constituição para o ambiente virtual, o documento tem a neutralidade, privacidade e liberdade de expressão em seu alicerce. A neutralidade de rede garante que todos os fluxos de dados devem ser tratados de forma igual. A privacidade dos usuários na Internet foi instituída, e a remoção de conteúdo somente pode ser feita com ordem judicial, garantindo assim a liberdade de expressão. Aspectos essenciais, amplamente debatidos nos últimos meses, que foram aprovados a tempo para da abertura da NETmundial em São Paulo.
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Alicerces do Marco Civil e da Computação em Nuvem

Como fica a computação em nuvem? Se o Marco Civil tem no seu alicerce no tripé neutralidade, privacidade e liberdade de expressão, pode-se dizer que a tríplice da computação em nuvem seria: Acesso via internet, arquitetura x86 e elasticidade. No entanto, o Marco Civil, pela aprovação dos termos da neutralidade de rede, impede diferenciação na qualidade/velocidade do acesso em função do tipo de tráfego gerado, ou da aplicação acessada. Corretíssimo! Computação em nuvem não existe sem Internet. Nuvem pública e Internet são da mesma família. Se o acesso discriminasse perfis de tráfego ou de aplicações, a oferta de serviços em nuvem estaria comprometida tanto na qualidade quanto na diversidade de provedores.

Temas Controversos e Vantagens aos Clientes

A guarda dos dados em datacenters brasileiros, tema tão debatido, acabou sendo retirado do documento, transformando-se em uma diretriz para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na forma de um “estímulo à implantação de centros de armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no País…”. O tema é controverso. A aplicação hospedada em território brasileiro tem vantagens práticas para o cliente. A primeira é a garantia que em caso de controvérsias será adotado o foro brasileiro. A segunda vantagem é a própria privacidade dos dados assegurada pelo Marco Civil, em que a quebra de sigilo somente pode ser feita com ordem judicial. Nos Estados Unidos não funciona assim, desde o incidente de 11 de setembro e a promulgação do Ato Patriota. Outro benefício é o uso de aplicações residentes em território nacional que têm menor latência e, consequente, melhor experiência de uso para os clientes brasileiros.

Mais acertos

Outras formalizações do Marco Civil também são corretas e não representam ônus para os provedores sérios, como a obrigatoriedade dos provedores de aplicação guardarem os “registros de acesso” por 6 meses, e “a responsabilidade por danos de terceiros” ser admissível somente se o provedor de aplicações não tomar as medidas técnicas cabíveis, após notificado judicialmente.
O escândalo internacional do caso Snowden foi catalizador na aprovação do Marco Civil, mas, felizmente, o documento final ficou bastante razoável e o Brasil deu um importante passo na regulamentação da Internet. Que venham outros passos no rumo e no tempo certo!

7 DICAS PARA ESCOLHER UMA BOA REVENDA DE HOSPEDAGEM DE SITES

Com um número cada vez maior de pessoas conectadas à Internet no Brasil, o mercado de Tecnologia da Informação anda aquecido, ofertando cada vez mais serviços, trabalho e possibilidades de renda.
Uma das possibilidades de renda, que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, é a de Revenda de Hospedagem.
Imagem via Shutterstock
Imagem via Shutterstock
O conceito de Revenda de Hospedagem, se você ainda desconhece, é simples. A grosso modo, você aluga uma cota de recursos de um servidor (contrata um Plano de Revenda), divide esta cota em partes menores (cria seus Planos de Hospedagem) e revende para seus clientes como achar mais adequado, tudo isso gerenciado através de um painel de controle (WHM, Plesk, etc). Cada plano criado pode ter, basicamente, todos os recursos disponíveis em um servidor dedicado (domínios, e-mails, contas FTP, etc), só que com limites menores.
Exemplo simples e prático: Se você contrata um Plano de Revenda de R$ 100,00 por mês, poderia criar um plano de R$ 15,00/mês (para sites de menor porte) e comercializar para 20 clientes. No final do mês, pagando os R$ 100,00 do Plano de Revenda, você teria um lucro de R$ 200,00. Como eu disse, é um exemplo simples e um tanto quanto otimista, mas não impossível.
Então uma Revenda de Hospedagem pode me salvar da pindaíba?! Calma, como diz um “velho deitado”, nem tudo que reluz é ouro.
Se você não souber escolher uma boa Revenda de Hospedagem, seu sonho de tocar seu próprio negócio pode ser revertido em grandes dores de cabeça. Isso por que, tal como todos sabemos, existem empresas e empresas no mercado.
Diante da grande quantidade de empresas sendo criadas neste nicho da TI, abaixo seguem algumas dicas que podem lhe ajudar na escolha de um host sério e comprometido.
1. Pesquisar, pesquisar e pesquisar: é a dica mais básica para qualquer tipo de contratação/aquisição. Pesquise por problemas, reclamações, opiniões, etc. Um bom local é o Reclame Aqui. Mas não se limite a somente ler um problema/reclamação, observe se este problema foi solucionado, qual foi o tempo para solução, a cordialidade de atendimento, etc. Não sejamos hipócritas em achar que problema algum poderá ocorrer, não é mesmo? Problemas acontecem e soluções rápidas e cordiais devem ser oferecidas pelos responsáveis.
2. A “empresa” possui um CNPJ? Ter um CNPJ não oferece exatamente uma garantia de bons serviços, no entanto, demonstra que do outro lado existe uma pessoa jurídica responsável pelos serviços ofertados. Consulte o CNPJ no site da Receita Federal e ateste que se trata da mesma empresa que oferece o serviço de hosting.
3. Teste Gratuito: Poder testar o serviço de hosting é primordial! Através da ativação de uma conta teste é possível colocar um site ou aplicação no ar, fazer testes em rotinas de negócio, envio de e-mails, testar funcionalidades específicas, testar painel de controle, acesso FTP, SSH, banco de dados e, claro, conhecer melhor a infraestrutura ofertada.
4. Atendimento/Suporte: Com o teste citado acima, além de testar a infraestrutura de servidor, é possível conhecer um pouco do atendimento oferecido pela empresa. Claro que, como no futebol, treino é treino e jogo é jogo, ou seja, algumas empresas podem oferecer um suporte glorioso enquanto no teste e posteriormente virar a casaca, no entanto, empresas realmente SÉRIAS manterão o mesmo nível.
5. Ping e Tracert: Estes são comandos bastante conhecidos na área de TI, mas nem tanto aos que são de outras áreas. O PING é um comando utilizado para testar a conectividade entre equipamentos. Neste comando, um “pacote” de dados é enviado de seu computador a outro computador (neste caso, um servidor!). Se o computador de destino estiver online, o mesmo devolve o pacote à sua origem. Neste processo é calculado o tempo de resposta (em milissegundos) de envio e retorno do pacote. Quanto menor o tempo, melhor será a estabilidade de conexão. Já o comando TRACERT é utilizado também para testar a conectividade, só que este mostra o caminho por onde o pacote passa até chegar ao seu destino. É útil para saber se o datacenter é mesmo aquele ofertado pela empresa que você está contratando e para conhecer toda a rota a ser trafegada por cada requisição feita ao seu servidor.
6. Backup: Digamos que o básico do básico! Imagine você colocando seu e-commerce do ar, com dezenas ou até centenas de produtos e um belo dia tudo some. Até aí tudo bem, problemas ocorrem. Aí você abre um ticket e solicita o backup para voltar seu site, nem que seja em outro servidor. É aí que surge a dramática notícia: infelizmente perdemos o backup também! Deu pra perceber o drama, né? Empresas SÉRIAS criam boas rotinas de backup e as deixam claras aos clientes. Busque por empresas que façam backups FORA de sua infraestrutura de produção ou, no mínimo, em discos secundários no mesmo servidor. Não esqueça, lógico, de se certificar que as rotinas são realmente aplicadas. De nada adianta ler sobre belas rotinas de backup sem estas serem executadas ADEQUADAMENTE.
7. Contrato: Contratos são chatos, isso é fato, mas são de extrema importância para buscar seus direitos em caso de problemas. LEIA o contrato do serviço que está contratando e GUARDE uma cópia se o mesmo for online (99% são!). Empresas SÉRIAS disponibilizam contrato de prestação de serviços JUSTOS e até mesmo avisam no caso de alterações (daí a importância de se ter cópia!). Infelizmente nós, leigos na área jurídica, temos preguiça de ler e interpretar contratos. Geralmente quando precisamos contestar algo ficamos desesperados por tal cláusula não ter sido esclarecida ou até mesmo por nem existir. Então, novamente, LEIA! Ficou com dúvidas? Contrate um advogado, pois, como diz outro “velho deitado”: cada macaco no seu galho. Não tente ser advogado se não é!
Esperamos ter ajudado um pouco na sua busca por uma empresa séria de hosting. Estas dicas foram elaboradas pelo portal Profissionais TI em parceria com a empresa HostHP, especializada em hospedagem de sites e revendas de hospedagem.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Como compartilhar arquivos do Dropbox em grupos do Facebook

Facebook possui uma parceria com o Dropbox que proporciona agilidade e praticidade ao compartilhar fotos e outros documentos nos grupos da rede social. Assim, os arquivos são enviados diretamente, sem precisar salvar no seu computador e fazer upload. Veja como acessar o recurso.
DropBox: veja como conseguir mais espaço gratis na nuvem (Foto: Reprodução/Dropbox)

Passo 1. Primeiro, você deve adicionar o aplicativo do Dropbox. Para isso acesse o grupo para o qual deseja enviar o documento e clique em "Arquivo";
Anexando um arquivo do Dropbox no grupo do Facebook (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso)Anexando um arquivo do Dropbox no grupo do Facebook (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso)


Passo 2. Selecione "Escolher arquivo" do Dropbox;
O Facebook oferece duas opções de compartilhamento de arquivos em grupos: do computador e do Dropbox (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso) O Facebook oferece duas opções de compartilhamento de arquivos em grupos: do computador e do Dropbox (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso)
Passo 3. Escolha o arquivo e clique em "Selecionar";
Escolhendo o arquivo salvo no Dropbox (Foto: Reprodução/ Lívia Dâmaso)Escolhendo o arquivo salvo no Dropbox (Foto: Reprodução/ Lívia Dâmaso)






Passo 4. Se desejar, digite uma mensagem e clique em "Publicar". 
Compartilhando arquivo em um grupo do Facebook (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso)Compartilhando arquivo em um grupo do Facebook (Foto: Reprodução/Lívia Dâmaso)





Vale lembrar que quando um membro do grupo adiciona um arquivo do Dropbox, todos os outros terão acesso a este arquivo. Entretanto, o administrador do grupo ou a própria pessoa pode excluí-lo a qualquer momento. Para acessar o recurso é necessário estar logado com a nuvem do Dropbox ou ter instalado o software no computador. 
Fonte: Tectudo

segunda-feira, 3 de março de 2014

O Técnico em Informática e a Ética Profissional

Mesmo com a maioria dos profissionais de TI associando esse termo àqueles que possuem uma graduação ou uma certificação, não podemos nos esquecer de que o técnico em informática, que por muitas vezes é criticado e tido como um mero formatador sem um conhecimento sólido e mais aguçado, também é um profissional do campo da tecnologia da informação e, portanto, deve ser respeitado.
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Muito da má fama que esse profissional recebe advém da má qualidade dos cursos técnicos que, não raras vezes, ensinam os conteúdos apenas de forma superficial e de maneira incompleta, bem como do próprio profissional que, por geralmente ser jovem e lidar com um campo de trabalho relativamente mais novo do que os mais “clássicos” – como Mecânica, Eletrônica ou Engenharia -, não está preparado para o famigeradomercado de trabalho, não sabendo como se vestir ou se portar na empresa ou diante de um cliente.
Este artigo é inteiramente dedicado a esse profissional tão essencial à vida de milhares de usuários finais. Aqui, coloco algumas dicas sobre ética e comportamento que, se seguidas, ajudarão esse trabalhador a progredir em sua carreiraAos que tem formação superior, peço consideração e auxílio para os que estão começando.

O Técnico em Informática deve sempre atualizar-se sobre o assunto

Conforme já foi dito, muitos cursinhos técnicos de informática não possuem um nível aceitável de qualidade no tocante ao conteúdo ensinado. Pior ainda, não são todas as universidades que possuem um curso de Licenciatura em Informática o que, muitas vezes, faz com que o professor tenha uma formação de cientista ou de engenheiro – ou, até mesmo, de técnico – e não tenha base curricular para lecionar.
É fato conhecido de que todas as profissões – médico, engenheiro, arquiteto, professor – precisam se atualizar constantemente e, para quem lida com um campo tão dinâmico quanto a informática, essa exigência possui um peso maior, afinal, o que você aprendeu hoje em seu curso pode não valer mais no mês que vem.
O técnico em informática não deve considerar suficiente apenas o que aprende em sala de aula: deve pesquisar constantemente em fóruns, em livros e em sites especializados para nunca ficar para trás.

O Técnico em Informática deve cuidar da sua aparência profissional

Por ser um campo de trabalho relativamente recente, muitos profissionais e empresas de informática trabalham em um ambiente informal, o que de certa maneira é bom, mas que, se exagerado, pode causar uma péssima impressão para o cliente.
Apenas para citar um exemplo, semana passada eu passei em frente a uma empresa que vendia antenas de TV por assinatura de uma famosa marca nacional em minha cidade. Os trabalhadores da empresa, devidamente uniformizados, estavam colocando caixas em um veículo e, perto deles, um carro adesivado com o logotipo da operadora estava com o rádio no último volume tocando um funk com letra de duplo sentido. Mesmo que esse fosse o estilo musical preferido daqueles funcionários, eles involuntariamente associaram uma marca nacional a um estilo de música que nem todos gostam, o que poderia fazer com que alguns potenciais clientes que estivessem passando pelo local procurassem um serviço concorrente.
Com o técnico ou a empresa de informática, é a mesma coisa – principalmente se o trabalho for a domicílio. Como profissional, evite trabalhar usando boné, bermuda, corrente, física ou regata, pois isso poderá causar uma má impressão. Se possível, vista uma roupa social e trate seu cliente com cortesia. Caso a empresa dispense formalidades, pergunte ao seu empregador quais seriam os trajes adequados.

Formatação e pirataria

Esse é, talvez, o ponto mais polêmico do trabalho do técnico em informática. Ambas as questões são bastante delicadas.
Por um lado, profissionais de formação acadêmica acusam os técnicos em informática de serem reles formatadores, recorrendo à medida extrema, muitas vezes de forma incorreta e precipitada, a fim de resolver quaisquer problemas, de uma infecção por vírus até uma mensagem de erro misteriosa. Por outro, devemos nos colocar no lugar desse profissional. Mesmo sabendo que, hoje, existem ferramentas apropriadas para detectar e remover infecções, como HijackThis! e ComboFix, precisamos considerar que, muitas vezes, o empregador entrega ao técnico uma grande quantidade de máquinas com diversos problemas para serem resolvidos até o final do expediente e, dessa forma, o técnico fica sem tempo para pesquisar uma solução mais adequada aos problemas apresentados, recorrendo à extrema medida.
Isso poderia ser resolvido com capacitação profissional e recai sobre o primeiro item dessa lista, o qual diz que o técnico deve sempre procurar se atualizar.
A falta de atualização é, também, uma das grandes responsáveis pela pirataria de software, a qual parece rolar solta nas oficinas de manutenção. Muitos técnicos, ao receberem um micro para formatar, logo tratam de enfiar o CD do Windows Ultimate no drive e excluir tudo que exista no disco. A maioria não deve saber que os computadores atuais possuem partições de recuperação, as quais permitem reinstalar o sistema original de fábrica em poucos minutos mediante o pressionar de uma combinação de teclas durante o boot, sem a necessidade de discos ou de drivers adicionais. A partição de recuperação deve ser o método de formatação preferido, a menos que o cliente tenha solicitado a mudança do sistema operacional.
Quando o cliente solicita a mudança ou a instalação do sistema operacional, caímos em um ponto delicado pois, como todos nós sabemos, o Windows é um sistema caro e, embora existam versões mais em conta para usuários domésticos, como a Home Premium, muitos simplesmente as ignoram, procurando instalar logo a famigerada versão Ultimate, pensando que ela seja a melhor, mesmo que o usuário não aproveite sequer um décimo dos recursos oferecidos.
Pirataria de software é crime tanto para quem instala quanto para quem usa. O técnico ou a loja devem ter uma política clara quanto a isso e conscientizar os clientes sobre alternativas disponíveis como, por exemplo, sistemas baseados em Linux.

Zelar pelos dados do cliente

O Técnico em Informática não está autorizado a, de qualquer forma, acessar, copiar, visualizar ou excluir os dados do equipamento do cliente. Esse é um princípio básico mas que, muitas vezes, passa batido por várias lojas e profissionais.
Foi-se o tempo em que o computador era apenas um eletroeletrônico comum; Hoje em dia, principalmente com a ascensão dos notebooks e demais equipamentos portáteis, eles se tornaram uma extensão de nossas vidas pessoal e profissional. Graças aos HDs cada vez maiores, médicos podem armazenar prontuários e receitas em seus notebooks, assim como professores podem guardar provas e conceitos, advogados podem colocar arquivos com processos civis e criminais ou uma simples família coloque fotos de seu final de semana na praia. Tudo isso agrega valor ao equipamento, fazendo-o valer muito mais do que o preço pelo qual ele foi comprado.
Músicas, filmes, documentos, fotos, programas originais… o técnico não pode tomar para si o que é do cliente. Por mais que sejamos humanos, passíveis ao erro, devemos tratar os dados do computador do cliente com o máximo de respeito e profissionalismo. Recentemente a prática de apoderar-se e compartilhar informações sem permissão virou crime com “duras penalizações”, portanto, um motivo a mais para manter a integridade das informações de clientes.
Da mesma forma, o profissional ou a empresa deve ter uma política clara de backup. No caso de o disco rígido precisar ser formatado, o que vai acontecer com os arquivos pessoais? A loja vai gravá-los em outra mídia e entregá-la ao cliente? Ela vai armazená-la em outro dispositivo e, depois recolocá-los em seu lugar original? O que vai acontecer com esse dispositivo? Ou será que o backup é de responsabilidade do cliente e a loja não quer nem saber? São questões a se pensar bem.

O Técnico em Informática não deve agir de má-fé

É sabido que a maioria dos usuários mal sabe ligar o computador – e é justamente por isso que eles recorrem ao técnico em informática quando tem problemas. Infelizmente, porém, muitos técnicos se aproveitam desse fato conhecido para extorquir dinheiro de seus clientes de maneira fraudulenta. São defeitos que não existem, peças trocadas que não precisavam ser substituídas ou, até mesmo, a criação proposital de “bombas relógio”, ou seja, a plantação de um problema que vai acontecer em determinado tempo para que o cliente retorne àquela assistência.
Um bom profissional trata o cliente com respeito, seja qual área for. Jamais deve-se aproveitar da ignorância do cliente para lhe empurrar um produto ou serviço desnecessário e sempre deve-se consultar o dono do equipamento antes de instalar ou remover qualquer peça ou programa.
Enfim, esse artigo não tem por intenção esgotar o assunto ética profissional, mas servir de guia básico àqueles que escolheram a computação como sua opção de vida. Bem-vindo ao time!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Comércio Eletrônico mais Efetivo e Seguro para o Consumidor

O comércio eletrônico está cada vez mais aquecido e isto não é novidade, nem para os players, nem para os consumidores. Entretanto, o que chama a atenção para o atual período que estamos vivendo é que o Legislativo está de olho neste setor. De um ramo algumas vezes informal, operado através de estrutura enxuta, vemos os pequenos, médios e grandes serem arrastados para a formalidade, sem distinção.
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Na verdade, o modelo e-commerce é simples: o empresário quer vender e o consumidor quer comprar. Parece boba esta colocação, mas é simples assim. O recenteDecreto nº 7962, na maior parte de seu texto, visa clarear esta relação trazendo a obrigatoriedade do máximo de informações possível. Esta medida auxilia a todos os envolvidos na transação, diminuindo as dúvidas e os riscos de desistências e equívocos.
Outro intuito é o de regularização da pessoa jurídica, fazendo com que esse mercado, que a cada dia cresce mais, passe a gerar mais receita também para os cofres públicos e esta é uma realidade da qual não se pode fugir.
Este impacto inicial pode assustar os menores, mas não é nada que não se possa resolver rapidamente através de organização e planejamento, somado à reatividade frente à nova legislação. Outro trunfo que os médios e grandes e-commerce têm usado é o planejamento tributário, ferramenta essencial para vencer esta nova realidade do mercado.
Um ponto importante que devemos observar é que, em vista do incremento na segurança para o consumidor, o que se prevê é tanto o aumento das vendas on-line quanto da cultura de compras pelo meio digital. Esta medida reconhece os comerciantes de boa fé e que atuam de forma regular no mercado.
Uma das principais reclamações de clientes donos de e-commerce que atuam desde o início de suas atividades na formalidade é que a vantagem competitiva dos informais é muito maior, uma vez que em muitos casos não recolhem os devidos impostos, nem emitem notas fiscais, o que lhes dão margem astronômica para descontos e promoções.
Este tipo de conduta caracteriza prática desleal e desfavorece a regularidade, que é saudável tanto para o mercado quanto para o consumidor.
Ainda por este decreto foi trazida a questão do direito de arrependimento, que mesmo que tratado com maior relevância, não é absoluto, não sendo em todos os casos que a compra realizada pela internet ensejará esse direito ao consumidor. No entanto, é necessário informar de forma ostensiva este direito na loja virtual. Essa medida, além de ser direito do consumidor, passa maior segurança na compra, fazendo com que o comprador se sinta seguro de que, caso faça jus, poderá exercer este direito.
É preciso ainda atentar para o efeito reverso deste decreto, no tocante à publicação de todas estas informações, que é a ciência e responsabilidade do consumidor perante suas escolhas de consumo.
Além das informações expostas de forma detalhada, é altamente recomendável que o e-commerce possua um bom termo de uso, com link em todas as páginas do site.
A nova lei está sendo utilizada de forma favorável ao consumidor, dando bons resultados para o ambiente de e-commerce no Brasil e fomentando ainda mais a atividade no panorama nacional.

sábado, 23 de novembro de 2013

8 verdades que pequenas e médias empresas precisam saber sobre computação em nuvem

Muitos empresários ainda se veem um pouco perdidos quando o assunto é computação em nuvem, algumas dúvidas não saem da cabeça. E, para auxiliar a esclarecer as ideias, trago abaixo algumas dicas e informações que todos devem saber para desmistificar o tal cloud computing.
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Computação em nuvem não é uma tecnologia - Computação em nuvem significa utilizar novas tecnologias e novos modelos para desenvolver softwares. Não é algo que pode ser criado, mas um conceito que deve ser utilizado para obter benefícios para o seu negócio.
Computação em nuvem deve ser aplicada e não vendida - Empresas precisam de ferramentas e não de um arsenal de máquinas e programas. É importante buscar soluções para os dilemas da sua empresa, e para isso é preciso estar atento a produtos que realmente geram benefício e não utilizam somente a etiqueta “cloud” como uma estratégia de marketing para vender mais hardware e software.
Computação em nuvem é oportunidade, não restrição - No modelo tradicional de TI, uma nova funcionalidade precisa ser desenvolvida, distribuída e instalada na máquina de cada usuário. Pare pra pensar o que acontece no caso de um bug? O fluxo se repete a cada problema encontrado, ou pior, o problema fica sem solução. Na nuvem, osdesenvolvedores de software podem criar e implantar novas ferramentas muito mais rápido quando comparado a uma ferramenta cliente-servidor. Desse modo sobra tempo pra se fazer um uso mais estratégico do tempo e dos recursos aplicados neste processo.
Computação em nuvem pode ser segura - A escalabilidade da nuvem torna mais fácil de aplicar e, principalmente, pagar as melhores tecnologias de segurança disponíveis no mercado. Basta pensar quanto sua empresa investiria na segurança dos seus servidores locais e quando uma gigante como a Amazon Web Services investe na sua estrutura.
Computação em nuvem pode (e deve) ser um ambiente de múltiplos produtos - Você não precisa, e nem deve, escolher um único fornecedor para todas as ferramentas necessárias a sua empresa. Sua estrutura de e-mail pode estar na nuvem com Google Apps for Business, seus arquivos com Dropbox e seu ERP com o GestãoJá.
Computação em nuvem é conectividade - Você selecionou vários fornecedores e imagina que será complexo e caro integrar tudo? Nesse ponto você pode ficar tranquilo, pois grande parte das soluções em nuvem possuem webservices (portas de entrada e saída), que podem ser facilmente configuradas para permitir a troca de informação entre os sistemas.
Computação em nuvem é mais barata - A nuvem representa economia em aquisição de servidores, helpdesk e economia de tempo na obtenção de informações que passam a ser acessíveis de qualquer dispositivo e de qualquer lugar. Economia comprovada para sua empresa.
Computação em nuvem é uma necessidade não um luxo - A necessidade de velocidade no acesso à informação, a maior utilização da internet como canal de comunicação e de vendas e a constante modernização e redução de preços dos serviços “cloud” tornaram a opção por aderir a nuvem uma escolha lógica. É mais barato, mais eficiente, pode ser conectado e com boas práticas seguro. Além disso, significa que sua empresa terá menos problema com e-mail fora do ar, arquivos que sumiram por falta de backup e sistemas que dependam de uma equipe de TI cara e ineficiente.
Link Informática (63) 3225-2978